O Google liberou dados oficiais sobre a popularidade de cada versão do Android, que mostram que a versão 11 a mais utilizada em 2022. O relatório não inclui números específicos sobre o Android 12, portanto não dá para saber como anda o desempenho do sistema mais recente da companhia.
Segundo os dados deste ano, celulares Android 11 e mais recentes agora representam a maior fatia do bolo, com exatos 28,3%, acima dos 24,2% da pesquisa anterior. Esse aumento pode ser fruto da estratégia da Samsung de fornecer um tempo estendido de suporte aos dispositivos, o que faz com que celulares mais antigos ou menos potentes consigam rodar até o Android 12.
Por outro lado, a parcela de dispositivos estacionados no Android 10 caiu para 23,9%, uma redução no comparativo com os 26,5% apurados em novembro. Abaixo dele, todas as versões mais antigas do Android tiveram reduções similares no uso, com destaque para o Jelly Bean (Android 4), que só tem 0,5% do total.
Como o Android 12 e o Android 12L têm APIs diferentes, seria interessante ver os dados para entender essa movimentação no mercado de tablets e celulares de tela grande. A versão large do sistema foi pensada para atender a esse público em específico, inclusive smartphones com tela dobrável, mas a falta de dados impede saber se a estratégia caminha bem.
Exclusão do Android 12 da pesquisa
A remoção do Android 12 é uma tática para evitar comparações ou pressões externas acerca da taxa de adoção pelo usuário. As informações do Android Studio passaram a incorporar somente dados de seis meses ou um ano, sem englobar o tempo do lançamento do software mais recente — geralmente chega em novembro do ano anterior.
O Google oferecia gratuitamente essa informação na internet com gráficos e percentuais para ajudar o mercado a compreender como os celulares atuais estão equipados. Isso é bastante útil para os desenvolvedores, que podem decidir por acelerar ou retardar a atualização de programas e games conforme as taxas de adoção.
O problema é que esses dados acabaram sendo prejudiciais para a empresa, porque servem de base para análises da taxa de adoção e comparativos com a rival Apple. No iPhone, a taxa de migração de uma versão antiga do iOS para as mais novas é muito maior.
Agora, é provável que mais dados oficiais venham apenas em novembro, quando o Android 13 estará no início da sua vida. Somente no fim ano será possível ter um panorama amplo de como foi a aceitação do Android 12 no seu primeiro ano de lançamento.